quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cego do Maio

Cego do Maio

Nasceu num berço humilde e carinhoso
Esse poveiro cheio de valor.
O mar foi para si seu grande gozo,
Alfobre de ternura e grande dor.

E em cada dia um gesto corajoso
Se sucedia. E ia sem temor
Roubar ao mar imenso e revoltoso
A vida de um e outro pescador.

Tão cheio dessa vida abnegada
Foi receber um dia a Torre e Espada
Das mãos do Rei. E com simplicidade

Pegou numa saqueta com beijinhos
E disse, rodeado de carinhos:
- São para os seus cachopos, Majestade!

José Sepúlveda

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