quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fúria

Fúria

Que violência, Mar, porque te agitas
Se busco paz e calma ao vir aqui?
Eu venho procurar-te e tu me gritas
Como se fora intruso, ao pé de ti!

Eu gosto de te ver quando me excitas
Com ar sereno como o que senti
Em tempos de bonança, sem desditas,
Nas horas mais bonitas que vivi

Agora, ao ver-te em fúria, atormentado,
Meu coração se sente amedrontado
E triste, não sabendo o que fazer.

Por isso, Mar, serena o teu furor,
Partilha o teu carinho, o teu amor
E dá-me a mão, ensina-me a viver!

José Sepúlveda

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