sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lágrima

Lágrima

Seguia de mão dada pela estrada
Lançando para o filho um meigo olhar
A sua mente assaz preocupada
Por não ter alimento pra lhe dar

Os tempos são de míngua, são de mágoa...
E nessa luta atroz de cada dia
Um pouco de alimento, um copo de água
E a fome e a tristeza se alivia

Parou num contentor, abriu confiante...
a sua expectativa num instante
Se esvaneceu... ali não tinha nada

E ocultando o seu sorriso lindo,
Seus olhos, rio de água se esvaindo,
Um pouco de pão duro lhe entregava…

José Sepúlveda

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