segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mar

Mar

Um mar de azul se expande traço a traço
Num misto de volúpia e de harmonia
E cada rosto grita em seu espaço
Naquela tela viva, crua e fria

Pincel e dor, pedaço após pedaço,
Dão brilho e cor, amor e alegria
E um mágico poder que é puro e lasso
Vagueia entre o sonho e a fantasia

E o mestre abraça a sua criação
Que grita ao mundo, cheia de ilusão,
Mostrando o seu frescor e galhardia

E nesse mundo azul cheio de cor
Desabrochou, com lágrimas de amor,
A paz, a flor, a vida, a poesia

Meu livro

MEU LIVRO
Meu Livro

Tu eras meu refúgio, esse caminho
Aonde procurava algum sossego.
Buscava o teu conforto, o teu carinho,
Levava-te escondido e em segredo.

E ao pisar as pedras do caminho,
Às vezes me perdia, tinha medo
De calcorrear a estrada tão sozinho,
Desamparado neste meu degredo.

E, quando em minha mão, te devorava,
Tragava-te palavra após palavra
Na ânsia de uma nova descoberta.

E página após página encontrava
O lenitivo que me consolava
E me indicava sempre a estrada certa.

terça-feira, 17 de junho de 2014

As Cores da Poesia

As cores da minha vida 

Lancei meus sentimentos numa tela
E pus-me a pincelar na noite escura
Olhei e então notei ser tão singela
A tela desta minha vida obscura

Pintei naquela tela uma aguarela
Com as cores que ditava o coração
Senti-me aprisionado numa cela
De amor, de fantasia e de ilusão 


E quando já no fim olhei meu quadro
Fiquei olhando um lado, o outro lado,
A minha estrada em cores ressarcida


Nos traços dessa tela eu descobri
As sensações estranhas que vivi
Nas tensas pinceladas desta vida

Tela da Vida



TELA DA VIDA

Lancei meus sentimentos numa tela
e pus-me a pincelar na noite escura
Olhei e então notei ser tão singela
A tela desta minha vida obscura

Pintei naquela tela uma aguarela
Co`as cores que ditava o coração
senti-me aprisionado numa cela
De amor, de fantasia e de ilusão

E quando já no fim olhei meu quadro
Fiquei olhando um lado, o outro lado
A minha estrada em cores ressarcida

Nos traços dessa tela eu descobri
As sensações estranhas que vivi
Nas ternas pinceladas desta vida

Entrevista no Audiência


Refrigério

Refrigério

Que refrigério, ó Deus, este aconchego
Do Templo teu, da Casa de Oração, 
As suaves melodias, o enlevo
Tão pleno de harmonia e perfeição

Quando aqui venho, sempre de Ti levo
Conforto, alegria e união
E sinto o Teu carinho, o Teu apego
Acalentando um frágil coração

E mesmo sendo vil e pecador,
Aqui me encontro, Ó Deus, ó meu Senhor.
Sentindo o Teu amor, o teu carinho

E neste enleio, em minha devoção,
Te peço, vem, estende Tua mão
E leva-me, Senhor, p'lo teu caminho

Lingua Mater

LINGUA MATER

Que a força das palavras seja sempre
Expressa em versos, textos e canções,
Transforme o teu falar numa corrente
Que una e alimente corações

Que seja o teu pulsar a voz pungente
Que espalha em toda a parte, entre as nações,
O mágico sentir eloquente
Da triunfante língua de Camões

Que em Cabo-Verde, Angola ou na Guiné,
Brasil, em Moçambique ou S.Tomé,
Na Índia, em Timor ou Portugal

Tu possas gritar alto, com destreza,
Que a nossa língua é a língua portuguesa,
Indómita, divina, triunfal!!!

Subindo o Douro

Douro

Nas águas desse Douro eterno e quente
Navego calmamente, rio acima...
Paisagem luxuriante à minha frente
Num manto de verdura que me anima

Que sensação de paz, como é dif'rente
Buscar o novo verso, a nova rima,
No plácido verdor, com minha mente
A mergulhar na água cristalina

Navego sem parar... Ao longe, a Régua
O Douro estende o braço numa trégua
Ao turbilhão da vida vã, perdida...

E às águas do meu rio eterno e belo
Eu lanço o meu pedido, o meu apelo,
Para que dê sentido à minha vida

José Sepúlveda

Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/douro-por-jose-sepulveda/

Fado

Fado

Desço o douro e de repente
Entre tanta coisa bela
No meio de tanta gente
Surge o fado da viela

Trinam guitarras baixinho
Há poesia no ar...
Sente‐se amor e muito carinho
Que os fadistas vão cantar

Silêncio vamos ouvir
Guitarras no seu trinado
Ouçamo‐las a sorrir
Pois vai‐se cantar o fado

José Sepúlveda