sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Meu rio lindo


Meu Rio Lindo
Nao é desse meu rio que vos falo...
O cheiro a alfazema e a perfume
Partiu há muito tempo e eu não calo
A minha dor à qual nao sou imune.
Não vi a boga, o barbo e o escalo
Correr desenfreados em cardume...
Apenas vi um charco imundo e ralo
Fedendo a peixe morto e a estrume!
O rio cristalino, fresco e puro
Desliza em turbilhão, lento inseguro
Para o seu mar ainda lá distante...
E em sua mancha espúria arrasta ainda
Um manto de verdura fresca e linda
Que o segue num cortejo agonizante!
José Sepúlveda


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